Em 1997, às vésperas do Carnaval, ecoavam os clarins pelas ruas dos tradicionais bairros de Casa Forte e do Poço da Panela, anunciando a passagem do Pisando na Jaca, convidando moradores e visitantes para ver e seguir a nova troça carnavalesca.
Vibravam os metais, fervia o sangue, estampava-se a alegria no rompante do passo. O Pisando na Jaca nasceu espontaneamente, em meio à despretensiosa conversa entre amigos, amantes da folia: professores universitários, pesquisadores sociais, funcionários públicos, profissionais liberais.
Primava por trazer às ruas o autêntico frevo pernambucano, com a orquestra tocando a pé, por entre os foliões, acolhendo a todos que quisessem brincar, sem distinção de classe, sexo ou de idade.
Casa Forte e arredores contavam, então, com algumas agremiações que faziam seus desfiles nas semanas pré-carnavalescas: o pioneiro Urso Tô com Fome, o gigantesco a Turma da Jaqueira Segurando o Talo, dos funcionários da Fundação Joaquim Nabuco, o As Afolozadas, este último de vida mais curta, e o espevitado Guaiamum Treloso.
O Pisando na Jaca veio inundar as ruas de frevo rasgado, reunir amigos, familiares, foliões de todas as idades, deixá-los brincar despreocupadamente pelas ruas tranqüilas dos bairros, nos sábados que antecedem o de Zé Pereira.
Desde então, passaram-se muitos anos. O Pisando na Jaca cresceu, ganhou novos foliões, tornou-se conhecido, incorporou-se ao calendário festivo da redondeza. Manteve, porém, suas características originais: a de fazer um Carnaval para os amantes da folia e do frevo de rua, para crianças, jovens e adultos, sem amarras, sem atropelos.
A orquestra, oriunda da cidade de Olinda, composta por mais de trinta músicos, anima a troça que arrasta pelas ruas tortuosas do Poço da Panela e por entre os jardins de Casa Forte uma multidão alegre e vibrante. São mais de dez anos dedicados à folia, ao riso e ao prazer.
Seguindo a tendência à descentralização do Carnaval de rua, Casa Forte e o Poço da Panela vêm, pouco a pouco, convertendo-se em pólos de animação, sobretudo nas semanas pré-carnavalescas. Ao Urso Tô com Fome, ao Talo da Jaqueira, Guaiamum Treloso e ao Pisando na Jaca, juntam-se agora outras agremiações como o Flor da Vitória Régia, O Paraquedista Real, o Bloco da Amizade, o Maluco Beleza, a Porca Digital.
Convergem para bairros que preservam a memória do lugar, no traçado das ruas, na paisagem e na arquitetura, no modo de vida dos moradores, nas suas tradições festivas.
O Pisando na Jaca se faz, assim, presente no seu tempo. Preserva a longa tradição do melhor do Carnaval de Pernambuco, o frevo e o passo, a brincadeira e alegria espontâneas da rua. Ressurge a cada ano, reinventando o ciclo da vida. São os clarins que clamam por nós, foliões amigos da jaca, do prazer e da alegria.
Fonte:http://pisandonajaca.wordpress.com/2008/01/20/um-pouco-de-historia/
Comemorando seus 15 anos, não faltou debutantes e bolo de aniversário.
Confira agora a presença dos foliões e foliãs da Casa da Dora no Pisando na Jaca.
Concentração no Apê de uma das debutantes do bloco: Servi
Passando por um dos bares mais tradicionais de Casa Forte
Marília e Edith discutindo a senha de acesso ao céu....
A galera da Casa da Dora esperando o Bloco passar
Segurando o estandarte do Pisando na Jaca